Vidas sem fronteiras: Gêmeas no mundo

Milena Spremberg

Polliana e Paolla, as irmãs gêmeas que já visitaram 56 países, nos contaram um pouco sobre o que viver sem fronteiras significa para elas. Os maiores perrengues e dicas para quem nunca viajou.


Nascidas em Campo Grande, as duas sempre pensavam em sair para explorar o Brasil e o mundo. Com 17 anos, Paolla passou em um concurso de um banco e começou a trabalhar. Morou em várias cidades no "interiorzão" até chegar em Brasília, onde conseguiu juntar dinheiro para ter férias e viajar. Polliana seguiu a carreira de dentista, e morou não só em várias cidades no Brasil, mas também na Europa. Cidadãs italianas, as duas combinaram de viajar todo o ano, assim que tiraram o seu passaporte.

Hoje, Paolla está passando alguns meses na Austrália, e Polliana mora no Reino Unido.

Paolla: Acho que o meu estilo de vida está cada vez mais sem fronteiras. Até difícil eu pensar em voltar pro banco, me enquadrar numa caixinha que eu larguei há quase um ano. As pessoas me perguntam muito se eu não canso de ficar pulando, mudando, planejando. Mudando de cidade, mudando de país. Mas por incrível que pareça, eu não cansei.

Polliana: Eu acho que tem gente que não se adapta a esse estilo de vida… existem muitas pessoas que precisam ter uma rotina mais regrada.

Mas eu também me adaptei muito a essa vida. Morar fora e viajar te mostra, literalmente, tudo que existe no mundo. Muda a sua visão sobre a vida.

Paolla: A gente sai da nossa bolha.

Polliana: E uma vez que você sai da bolha, é difícil voltar. Você aprende como é romper os horizontes, as fronteiras. Eu não me encaixo mais na bolha que eu deixei há 5 anos.

Paolla: A gente também passa por dificuldades. Todo mundo acha que só tem as fotos lindas do Instagram. Mas, cada dia é um desafio novo. Quando eu cheguei aqui nesse apartamento na Austrália, falei ‘Gente, depois de 9 meses eu vou ter um armário para colocar uma roupa’. Fiquei feliz em ter um armário. A gente precisa de tão pouco.

Polliana: A viagem toda fizemos com mala de mão. Ficamos 5 meses usando as mesmas roupas. Pelo menos a gente trocava uma com a outra ‘Me dá essa camisa que não aguento mais a minha’.

Paolla: Eu amei esse estilo de vida. Hoje com a tecnologia, como a Wise, é mais fácil viver mudando. Essa questão de dinheiro era uma limitação muitas vezes. Viajar com dinheiro, depois da experiência de ser roubada, já não era mais uma opção. Agora não precisamos andar com dinheiro nunca mais. Assim fica mais fácil viver sem fronteiras.


Paolla: Tínhamos um certo receio de viajar pela África como mulheres pois tínhamos lido vários blogs que falavam dos perigos. Mas mesmo assim decidimos fazer uma viagem de carro de mais de 5 mil quilômetros. Alugamos um 4x4 na Namíbia e viajamos pelo país inteiro. Ficamos a maior parte do tempo acampadas numa tenda em cima do carro.

Alguns dias antes de chegarmos em um camping eu tinha juntado todo o meu dinheiro numa doleira. A Polliana já tinha um cartão da Wise mas eu só tinha dólares em espécie. Eu fui tomar banho assim que voltamos pro camping, e a Polliana ficou no carro montando a barraca.

Aí, em uma questão de 30 segundos, ela procurou a chave pra trancar o carro e não achou. Ela veio pegar a chave comigo, eu entreguei pra ela, e quando ela voltou já tinha um cara dentro do carro.

Ele só teve tempo de pegar a doleira, enquanto a Polliana chamou ele “O que você tá fazendo aí!?”, e ele saiu correndo.

Polliana: Eu gritei. Ele correu na minha direção porque tinha que passar por mim. Ele me empurrou e eu caí, mas continuei gritando. Aí veio um segurança, veio um monte de gente, mas ninguém conseguiu encontrar ele.

Paolla: Ele pegou todo meu dinheiro. E meu passaporte italiano.

E aí ficamos com medo - foi um susto muito grande. Fomos na delegacia, e lá por mais que você seja vítima, você nunca é tratada assim - eles foram bem agressivos. Tinha também a questão da língua - o inglês deles não era lá essas coisas.

Foi a primeira vez na viagem que eu falei, “Eu quero voltar para casa, quero minha mãe”.


Polliana: Eu sempre ouvi falar da Wise por amigos que usam para mandar dinheiro do Brasil. Fiquei sabendo do cartão na internet, e quando me mudei para a Inglaterra pedi o meu antes de irmos viajar pela África.

Foi uma mão na roda, porque até então a gente sempre viajava com dinheiro, o que não era nem um pouco prático e muito menos seguro.

Paolla: O cartão salvou a minha viagem, sério! Eu sempre fazia muita inveja para as pessoas. Eu chegava com o meu cartãozinho verde Hello World. Adoro meu Hello World.


Polliana: Melhor dica pra quem nunca viajou, ou quer explorar mais o mundo, é não ter medo. As pessoas têm muito receio de sair do Brasil, de não falar inglês, ‘Ah, eu vou me perder, alguma coisa vai acontecer’. Tem que se jogar.

Acho que tem muita gente boa no mundo, as pessoas são sempre prestativas, mais do que a gente imagina. Tem que confiar, mesmo quando você não fala a língua.

Mas, é isso: lutar contra o medo e estar aberto à novas oportunidades, novas experiências - porque nem tudo sai como planejado.

Paolla: Acho que é importante não se ater ao roteiro certinho, hora por hora, dia por dia, porque você acaba se frustrando. Viajar é ter que lidar com imprevistos que muitas vezes acabam deixando a sua viagem ainda mais memorável.


Polliana e Paola, mulheres aventureiras e sem fronteiras, orgulhosamente clientes Wise. Acompanhe mais viagens no Instagram @gemeasnomundo


Por Milena Spremberg e Juliana Ferguson, exclusivamente para Wise. Fotos fornecidas por Polliana e Paloa.


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