Descubra como três brasileiros gerenciam suas finanças no exterior.
São incontáveis os motivos que levam os brasileiros ao exterior, mas todas as histórias têm algo em comum: A necessidade de administrar dinheiro...
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Quando eu era criança, os meus pais já achavam que eu era mais solto. Às vezes, me levavam para a praia lotada em Balneário Camboriú e eu me perdia deles, bem pequeno, mal conseguia andar. Eu não chorava, nem procurava por eles, só continuava e tentava conversar com as pessoas.
Lembro que quando eu tinha 7 anos de idade, meu pai pediu para os quatro filhos estudarem inglês. Só eu, o mais novo, disse: “Eu vou!" Eu já sabia que terminando o colégio ia sair do Brasil, mas não ia ter “Paitrocínio”, então comecei a trabalhar. Como eu já falava inglês fluentemente, fui trabalhar como comissário de bordo, depois em um resort, mas decidi que em algum momento precisava fazer faculdade. Me formei em Relações Públicas e, assim que me graduei, percebi que tinha chegado a tal hora de sair do País.
O que eu fiz foi arrumar um emprego no bar de um navio no Alasca. O navio foi vendido para uma empresa australiana, e foi na Austrália que eu conheci a minha esposa. Após um tempo lá, nós viajamos muito, mochilamos por aí e acabamos no Brasil, já que o dinheiro também tinha acabado - “Para onde agora?”
Uma amiga nossa estava trabalhando em Svalbard, na Noruega, e nos falou que só precisaríamos do visto, que era só chegar e conseguir um emprego. Foi dessa forma que eu comecei a trabalhar em um bar de hotel na cidade mais ao norte do mundo. Era uma época boa para isso, quando o pessoal sai de Longyearbyen (Svalbard) para as funções em cruzeiros na Antártida.
Bom, Eu cheguei quando já começava a escurecer e a temperatura cair do nada, os dias cada vez mais curtos. Eu mal tinha sentido temperatura negativa na vida. A água congelando, os rios pela cidade pararam, tudo gelo. Os dias não eram nem claros, nem escuros, era tudo azul, aquele azul no céu difícil de explicar da hora do pôr do sol, só que lá, o tempo inteiro.
Depois dessa minha primeira temporada toda no escuro, em fevereiro o sol ia começar a voltar e eu fui pra Oslo, precisava ir até a embaixada. Entrei no prédio às 9 da manhã, e quando saí, luz! Fazia quatro meses que eu não via o sol. Parecia que era tudo em 3D, vindo para cima de mim. Eu também não via árvores há quatro meses, só gelo e terra, então aquilo parecia um outro mundo, eu fiquei completamente impressionado.
Em 2001, eu comecei a estudar fotografia e edição de vídeos na faculdade. O meu irmão já trabalhava com projetos 3D e sempre precisava de alguém para editar os vídeos. Foi assim que comecei a me aprimorar em edição, principalmente durante a faculdade e também na Austrália, nas folgas entre meus turnos.
Depois, quando trabalhava no bar do hotel aqui em Svalbard, muita gente chegava com câmeras e laptops, olhando as filmagens do dia, aproveitando para tomar um drink e comer uma pizza. Eu sempre comentava que também fazia filmagens, já aproveitava para mostrá-las.
Olhando minhas gravações e edições com vídeos de paisagens, de urso polar, alguns diziam: “Não, não foi tu que fez isso!" Eles ficavam impressionados e me perguntavam porque eu estava trabalhando no bar - Que era o dinheiro para pagar o aluguel. Até que um dia, alguém da Al-Jazeera (América) disse: “É o seguinte, estamos com uma produção aqui meio pobre de imagem, e gostaríamos de usar as suas”.
Então eu percebi que poderia fazer tanta coisa, pela experiência que eu tinha em filmar/editar. Em 2014, eu abri a minha empresa, a Shutterbird Production AS, investindo em drone gigante, câmeras de cinema para fazer minhas próprias produções, além de assistência para outras televisões atuando como produtor de campo. E foi assim que aconteceu.
Foto que viralizou, em 2013, do "encontro" com uma família de ursos após confronto por sobrevivência.
Eu tive uma experiência de quase morte que mudou minha cabeça. Voltando de uma viagem durante uma época muito escura e muito fria, tomamos o caminho errado e na volta entramos em um lago congelado. A moto começou a rodar e eu tive que pular. Pulei, bati no gelo e cai na água. Eu estou a 70 km de distância de casa, -25°C , pensei: “Que jeito estúpido de morrer.”
Aí me veio uma força. Me agarrei no gelo e consegui sair, pegar minha moto e ajudar o meu amigo com a moto dele. Assim que saí da água, meu macacão congelou. Era gelo duro dentro das botas, das minhas luvas. Mas aceleramos as motos e saímos de lá. No caminho, pensava em tudo o que eu estava fazendo da vida, dirigindo a 150 km por hora no que parecia um túnel de luz, pensando: “Vou viver, vou viver, não quero morrer.”
Depois dessa experiência, a minha perspectiva de vida mudou. Os problemas reais estão fora da cidade, dentro dela, nós os criamos. É difícil de explicar, é um negócio de conexão maior, sabe? A nossa natureza requer certas coisas, eu vejo pelo meu cachorro: Eu tenho que levar ele para correr todo dia, é a natureza dele sair correndo para se exercitar, pegar um osso e cavar, ninguém ensinou isso para ele.
Quando você se conecta com a natureza, vê um fenômeno tão grande como uma aurora boreal, um urso polar tão de perto, começa a te trazer aquele negócio do instinto humano, de parar de pensar em tudo. Você vira parte daquilo, se entrega e lembra: “Oh! Você não é nada, mas também é tudo, é senhor de si mesmo."
A melhor experiência que eu tive durante esse projeto foi ficar com o povo Sami, que são como os esquimós da Lapônia (Finlândia). Eu fui gravar o episódio com um amigo de um amigo meu em uma espécie de cabana com uma fogueira dentro, -32°C, me aquecendo com fogo, dormindo com pele de rena, comendo a comida deles, também carne de rena, que são tudo para eles.
Eu aprendi muito. Para ele conseguir fazer essa cabana, teve que pedir permissão para os espíritos, ficar e dormir por duas noites e, só quando ele recebeu no coração dele que os espíritos o aprovaram para ficar, nós ficamos. Hoje eu entendo, é uma sensação de quando vamos para um certo lugar e nos sentimos em casa, bem, que só vem quando as pessoas conseguem se escutar mais, e o povo Sami vive essa essência.
Eu preciso transferir dinheiro do Brasil pra cá para poder realizar os meus projetos. Um serviço como o da Wise facilita muito, porque pede menos burocracias e acaba sendo muito mais acessível que um banco. Eu pago uma taxa menor, e não me importo com mais nada pois sei que é uma empresa honesta. Eu não quero depender de bancos, que tornam o processo muito mais burocrático e caro. Com a Wise eu não perco tempo.
*Em Busca das Luzes do Norte, mais recente produção audiovisual de Francisco Mattos, pode ser acompanhada todas as terças, às 21:30, no canal OFF para todo o Brasil
Canal do Chicco Mattos no Youtube
Entrevista de Vinício Mancuso exclusivamente para a Wise. Fotos fornecidas pelo Francisco Mattos.
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