Estudar na China: tudo que você precisa saber

A ascensão econômica da China é algo notório há anos, e a previsão é de que o país se torne a maior economia global até 2027¹. Isso, sem dúvidas, é um fator de peso para os cerca de 500 mil estudantes internacionais que atualmente estudam no país² e veem nele uma oportunidade de diferencial no currículo acadêmico.

Para estes estudantes que pretendem se aventurar do outro lado do planeta, o seguinte artigo funcionará como um guia completo com informações sobre as universidades locais, processos de visto e bolsas de estudo. Além disso, também apresentará os serviços da Wise: uma forma segura, simples e econômica de realizar transferências internacionais.

Como estudar na China?

A decisão de cruzar o globo para estudar na China depende de muita coragem, mas, principalmente, de organização. Afinal, antes de propriamente encarar os desafios do estudo em si, será necessário decidir os pormenores e enfrentar toda a burocracia existente.

Basicamente, você precisará:

1. Escolher qual o curso e a instituição em que pretende estudar. Para auxiliar nessa escolha, algumas dicas são:
   a. Analisar os programas curriculares;
   b. Ir atrás das formas de admissão possíveis;
   c. Pesquisar o custo da anuidade para estudantes internacionais;
   d. Ver se a instituição oferece alguma bolsa para estudantes internacionais e se você estaria apto a concorrer para ela.
2. Se candidatar ao curso e, se aprovado, fazer a inscrição;
3. Dar entrada no pedido de visto para estudos na Embaixada Chinesa no Brasil;

Quanto custa estudar na China?

Dentre os custos que devem ser considerados para quem deseja estudar na China, um dos principais é o preço da faculdade em si. Veja, a seguir, uma tabela com as anuidades (em renminbi) de alguns dos cursos mais buscados nas 5 principais universidades chinesas:

Para além desses valores base, é importante que o estudante verifique qual o preço da taxa de inscrição, bem como se existe algum custo extra cobrado pelas aulas em inglês (para aqueles que não têm proficiência em mandarim).

Pretende estudar na China? Planeje suas finanças

O nome oficial da moeda chinesa é Renmimbi, mas “yuan” é como se chama a unidade de conta. Isso pode soar um pouco estranho para os brasileiros (já que no Brasil o nome da moeda e da unidade de conta é o mesmo), mas o correto é dizer, por exemplo: “o renmimbi está valorizando” e “a maçã custa X yuans”. Atualmente, 1 ¥ (símbolo do renmimbi) está valendo R$ 0,87.

Para custear sua vida na China, será necessário realizar transferências de valores para o país e, para isso, é interessante que conheça os serviços da Wise.

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A Wise é uma empresa que presta serviços de remessas internacionais de forma transparente, segura e econômica. Tudo é feito e resolvido de forma online, o que torna as transações mais fáceis e rápidas.

O serviço básico da Wise se dá pela criação de uma conta gratuita, via aplicativo ou site. A partir dessa conta, você poderá enviar dinheiro ao redor de mais de 80 países, pagando para isso taxas mais baixas do que as dos bancos tradicionais. Faça uma simulação e confira você mesmo:

Não há qualquer custo para a criação ou manutenção da conta, de forma que o cliente só paga quando de fato utiliza o serviço (e apenas o valor informado antes da confirmação da transação, sem taxas ocultas guardadas para o final).

Em alguns casos, para quem deseja aproveitar mais benefícios dos serviços Wise, é possível pedir a conversão (também gratuita) para a conta multimoeda e, assim, guardar em uma mesma conta várias moedas diferentes, usando-as conforme a sua vontade/necessidade.

Um outro serviço, especialmente interessante para estudantes, é o de transferências educacionais, que permite remessas diretas para instituições de ensino desde que tenham o intuito de custear os valores de anuidade, alojamento, alimentação ou qualquer outro custo relacionado à manutenção do estudante.

Visto de estudante na China

Existem duas modalidades de visto de estudante⁸ na China:

• Visto X1: para estudos com duração superior a 180 dias;
• Visto X2: para estudos com duração inferior a 180 dias.

Em ambos os casos, a documentação básica requerida para os brasileiros é:

1. Passaporte original (com validade mínima de seis meses e duas páginas em branco) e cópia;
2. Formulário de visto⁹ preenchido e com foto (colorida, fundo branco, recente, frontal e com o rosto descoberto);
3. Original e cópia da admissão emitida pela entidade educativa chinesa.

No visto X1 também será necessário apresentar original e cópia do Formulário JW201 ou JW202 (Visa Application for study in China).

A solicitação do visto é feita mediante contato com a Embaixada pelos telefones (61) 2195-8200 e (61) 2195-8271 ou pelo e-mail vistochina.bra@gmail.com, e o envio dos documentos é feito pelos Correios¹⁰. O preço de solicitação será confirmado durante o contato, e o pagamento deverá ser feito mediante depósito para a conta da Embaixada.

Feito o pedido na Embaixada Chinesa no Brasil, caberá ao oficial consular decidir se é necessário mais algum documento e, conforme as circunstâncias do caso, qual será a validade, o tempo de permanência e as vezes de entrada no país permitidas pelo visto.

Por fim, ao chegar em território chinês, o estudante com visto X1 deverá se dirigir, dentro de um mês, à Administração de Entrada e Saída do Governo Local, onde irá solicitar o documento de residência.

Como estudar na China pelo ENEM?

Até o presente momento, o ENEM não é aceito como porta de entrada direta para as universidades chinesas.

Estudar na China sem o ENEM

Embora não aceite a nota do ENEM para o ingresso de brasileiros no país, o Governo Chinês incentiva que cada vez mais estudantes internacionais estudem na China. Justamente por isso, a maior parte das universidades possui um sistema de admissão próprio para alunos estrangeiros.

O ano letivo chinês começa em outubro, e o 2º semestre começa em fevereiro/março. Geralmente, os processos de admissão ocorrem antes de ambos os semestres, mas é interessante confirmar se na sua universidade isso também se aplica aos estudantes internacionais.

De forma geral, existem 3 maneiras mais acessíveis para brasileiros ingressarem em uma universidade chinesa:

1. Inscrição direta no site da universidade, cumprindo os requisitos estabelecidos (as instituições têm autonomia para determinarem seus próprios critérios, podendo ser requisitada uma média mínima de ensino médio, comprovação dos antecedentes criminais, cartas de recomendação ou etc.);
2. Aceitação em algum programa de bolsa prévio à inscrição no curso;
3. Intercâmbio entre uma instituição de ensino brasileira e uma chinesa.

Para qualquer uma das formas, tenha em mente que seu histórico de notas será provavelmente requisitado. Além disso, será necessário comprovar a proficiência no inglês (por meio do certificado TOEFL ou IELTS) ou do mandarim (certificado HSK), quando as aulas do seu curso forem nesta língua.

Melhores universidades da China

As 12 melhores universidades chinesas estão dentre as 300 do mundo, sendo que 6 delas estão no top 100 global. Estes são os dados mais recentes do QS World University Rankings 2021, um ranking que classifica as universidades de todo o mundo com base na reputação acadêmica, na avaliação de empregadores, do corpo docente internacional, dos estudantes e etc.

A classificação do top 10 chinês, segundo o ranking de 2021¹¹, foi a seguinte:

1. Tsinghua University (Beijing)
2. Peking University (Beijing)
3. Fudan University (Shanghai)
4. Shanghai Jiao Tong University (Shanghai)
5. Zhejiang University (Hangzhou)
6. University of Science and Technology of China (Hefei)
7. Nanjing University (Nanjing)
8. Wuhan University (Wuhan)
9. Tongji University (Shanghai)
10. Harbin Institute of Technology (Harbin)

Estudar mandarim na China

Dos últimos anos para cá, o mundo vem reconhecendo a relevância do mandarim. Com a ascensão da economia chinesa e o enorme número de habitantes, não faz sentido fechar os olhos para uma língua que rege tantas pessoas e tantas transações comerciais importantes.

Além disso, aprender o mandarim não é propriamente fácil para aqueles cuja língua materna tem origem no latim, e nada melhor do que estar no país para aprender a pronunciar e se expressar como os locais.

Por conta desses fatores, há cada vez mais pessoas que decidem ir para a China para aprender o mandarim, e são várias as escolas de línguas disponíveis no país e focadas em ensinar estrangeiros, com os mais diferentes tempos de duração, valores e formatos de curso.

No que se refere ao visto, as regras serão as mesmas: visto X1 se o curso durar mais de 180 dias e visto X2 caso a duração seja menor.

Como estudar de graça na China?

Para brasileiros que desejam ingressar no sistema de ensino superior chinês sem pagar por isso, existem 3 principais possibilidades:

1. Intercâmbio a partir da sua própria universidade: há universidades brasileiras que possuem convênios com universidades chinesas. Nestes casos, é possível que você não precise pagar a mensalidade chinesa para ficar alguns meses vivendo esta experiência internacional. O caminho, aqui, é buscar se informar diretamente com a instituição de ensino com a qual você já possui vínculo;
2. Bolsas de estudo custeadas pelas próprias universidades chinesas: atualmente, existem pelo menos 274 instituições de ensino¹² que oferecem bolsas de estudo (parciais ou totais) para seus estudantes internacionais. Os procedimentos para a obtenção do benefício devem ser verificados no site da própria universidade;
3. Bolsas de estudo oferecidas pelo governo chinês: o governo costuma oferecer anualmente bolsas de estudo como a MOFCOM Scholarship, CSC Scholarship e a Schwarzman Scholars. Porém, nestes casos, as bolsas costumam ser destinadas apenas a pessoas que já possuem graduação e que agora buscam uma especialização, mestrado, doutorado ou pós-doutorado. O processo de admissão é feito de forma online, levando em consideração as notas anteriores e o perfil dos candidatos.

Estudar e trabalhar na China: é possível?

Não. Infelizmente, na China, estudantes internacionais não podem trabalhar. Ao concluírem os estudos, se for o caso, será possível aplicar para uma nova espécie de visto, que permita a realização de atividades laborais.

Fontes usadas neste artigo:

Fontes checadas pela última vez em 28 de outubro de 2021.