Como se acostumar à vida nos EUA sendo brasileiro

Wise

Existem mais de 330 mil brasileiros que moram fora do Brasil e chamam os Estados Unidos de sua nova casa.

Os expatriados brasileiros nos EUA veem muitos traços similares entre os paises, como o bom humor e o amor pela carne assada. E enquanto nossos estudos sobre os brasileiros que moram nos EUA mostram que alguns compatriotas se adaptaram bem à cultura americana, encontramos certos aspectos que demoram um pouquinho mais para virar costume.

Reunimos alguns clientes e colegas Wise brasileiros nos EUA e pedimos dicas sobre como se adaptar à nova vida em solo americano. De etiqueta de negócios a abertura de uma conta no banco, aqui está o que eles disseram:


Diferenças na linguagem corporal

greeting

Cutucar ou tocar o braço de alguém durante um bate papo é natural para muitos brasileiros.

No entanto, a última vez que um americano recebeu um cutucãozinho de alguém foi na época em que o Facebook oferecia essa função. A não ser que você já seja muito próximo de alguém, tocar ou cutucar a pessoa não é tão comum nos EUA.

E embora muitos americanos adorem falar sobre a vida pessoal de políticos e celebridades, eles não são tão abertos a falar sobre a própria vida pessoal, exceto para os mais chegados. Pergunte a um americano tudo o que quiser sobre o trabalho, mas tenha mais cuidado ao falar do casamento, por exemplo.


Deixe as facas de lado

dinner

A não ser que a comida realmente exija o uso de faca, como é o caso de um bom churrasco brasileiro, os americanos tendem a comer usando apenas o garfo.

A faca da manteiga serve para espalhar a manteiga no pão, e não para comer saladas ou massas. E se você pensou em cortar aquele burrito gigante com a faca, pode ir mudando de ideia. Siga o exemplo de seus amigos americanos e coma com a mão.


Negócios entre amigos

work

Antes de firmar parceria com uma empresa, os brasileiros preferem criar vínculos com as pessoas envolvidas.

Os americanos, por outro lado, são mais diretos ao ponto e buscam separar relações pessoais e contatos comerciais. Então, não se sinta ofendido se um colega recusar um convite para jantar antes de fechar um negócio.

A Ana, uma brasileira que mora na Califórnia, disse o seguinte:

"Os americanos querem fazer o que tem que ser feito."


Como se vestir

pyjamas

A não ser que você esteja no coração de Manhattan, o vestuário de trabalho nos EUA tende a ser mais "casual", mesmo para cargos mais altos.

E não se surpreenda se você vir alguém no mercado com calça de pijama: não se trata de um sonâmbulo, mas de alguém que está mais preocupado em comprar seu cereal do que montar um look.


A gorjeta

pyjamas

O preço de um item no restaurante pode parecer um bom negócio, mas não cometa o erro de todo expatriado recém-chegado nos EUA: esquecer que a gorjeta é de 15-20% sobre o valor da refeição.

Esse bônus representa grande parte da renda dos funcionários de restaurantes. A maioria dos serviços, do táxi ao cabelereiro, também exige a mesma gorjeta.

Sem brincadeira

laughing

Os americanos adoram rir, como vemos nos seriados, nas stand-up comedies e na cobertura presidencial das eleições de 2016.

Mas alguns assuntos são mais delicados. "Não faça piadas sobre terrorismo ou mesmo perguntas irônicas sobre algo que possa parecer bobagem para você – é um assunto traumático por aqui", diz a Nana, brasileira que vive em Washington, D.C.


Tempo (não) é dinheiro

tipping

Os americanos são mestres na arte de seguir listas: os itens da pauta de uma reunião de negócios são seguidos à risca.

E o almoço no trabalho? No Brasil, o almoço pode se estender e virar uma espécie de confraternização. Nos EUA, por outro lado, o mais provável é que todos almocem e voltem rapidinho ao trabalho.


Cada esporte a seu tempo

sports

Com exceção das Olimpíadas, os esportes tendem a ser como a moda nos EUA: um esporte é mais popular na primavera, outro, no verão, e assim por diante.

"Sempre me perguntei: por que ninguém quer jogar baseball durante a temporada do futebol americano?", diz o Marcelo, brasileiro que mora na Carolina do Norte.


Abrindo uma conta no banco

bank

Os Estados Unidos são muito rígidos em diferentes aspectos da vida de um estrangeiro, mas abrir uma conta bancária simples parece fugir à regra.

Muitos bancos permitem abrir conta sem nem mesmo ir até a agência e sem o número da segurança social, usando apenas a identidade fiscal da pessoa. No entanto, é preciso ficar atento às taxas. Os caixas eletrônicos cobram de US$ 1,50 a US$ 3,00 por retirada. E um talão de cheque quanto custa? US$ 25,00.

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