Visto de Nômade Digital nos Estados Unidos: tire suas dúvidas
Os EUA não contam com visto para nômades digitais, mas você pode aplicar para outros vistos americanos. Descubra todos os detalhes!
Conseguir um emprego nos Estados Unidos é um objetivo concorrido, mas não impossível. Quer viver o sonho americano? Leia este artigo para saber tudo o que precisa para trabalhar nos EUA.
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Aplicar para um visto de trabalho é a única maneira de trabalhar nos EUA legalmente. Para você conseguir um visto de trabalho, um empregador americano tem que entregar uma petição de trabalho em seu nome ao Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS). E somente se o USCIS aprovar a petição é que você pode aplicar para o visto.
É possível arrumar emprego nos Estados Unidos à distância, estando no Brasil. Pois constantemente empresas americanas procuram por especialistas de determinadas áreas que estão em falta no país. Basta ficar de olho nos sites de emprego como LinkedIn, Glassdoor e Indeed, para encontrar algumas oportunidades.
Uma maneira de conseguir emprego no país do tio Sam é recorrer a agências especializadas.
Vale a pena contratar uma agência para ir trabalhar nos EUA?
O papel das agências especializadas, é facilitar processos de comunicação com as entidades empregadoras, a obtenção de documentos e também fornecer aconselhamento para ajudar o candidato a fazer escolhas.
Uma desvantagem pode ser o custo de serviço. Mas a maior vantagem é a segurança. Pois as agências costumam trabalhar com instituições acreditadas pelo governo estadunidense. Então não há o risco de o candidato cair em algum tipo de golpe e se ver desamparado fora do Brasil.
Existem 8 categorias de visto¹ de trabalho nos Estados Unidos. Por serem temporários, têm validade e precisam ser renovados. Conheça quais são:
H-1B: ocupação de especialista
Requerido por recém-contratados para desempenhar funções de alto nível de especialidade em uma empresa nos Estados Unidos. O aplicante precisa ter formação universitária concluída (ou uma formação profissional com habilidades diferenciadas) e o empregador tem que informar ao governo as condições contratuais que ele oferece ao profissional. Esse visto dura até três anos e pode ser estendido. Mas não é permitido tê-lo por mais des seis anos.
H-2A (trabalhador rural temporário)
Para trabalhadores de áreas rurais com escassez de mão de obra. Pode durar até um ano e não pode ser estendido por mais de 3 anos. O empregador também precisa comprovar para o governo americano que recorreu a contratação do estrangeiro pela falta de trabalhadores locais.
H-2B (para trabalho temporário não-rural): Voltado para profissionais qualificados e não qualificados para preencher postos com falta de trabalhadores residentes nos EUA. A empresa precisa comprovar a necessidade de contratar o estrangeiro. A duração inicial máxima do H-2B é de um ano, e a renovação não pode ultrapassar os três anos.
H-3 (trainee ou estágio): É requerido para programas muito específicos de treinamento profissional, que não existam no país de origem do aplicante (Brasil, no caso). A área do treinamento não precisa estar relacionada com a graduação do aplicante. Porém, instituição formadora tem que garantir ao USCIS que não vai funcionar como um emprego.
L (transferência de executivo na mesma empresa): Há duas versões desse tipo de visto, mas são principalmente para executivos transferidos para escritórios americanos de empresas internacionais. O período inicial de duração é de um ano e pode ser estendido até no máximo cinco ou sete anos (depende da função do executivo na empresa).
O (indivíduo com habilidades extraordinárias): É um visto de até três anos de duração para pessoas com habilidades ou conquistas extraordinárias e comprovadas em ciências, educação, artes, negócios ou em um esporte.
J (intercâmbio: estudos, trabalho ou estágio): Não precisa de uma petição de um empregador, porque abrange um número maior de perfis. Porém, exige que o aplicante vá sob patrocínio dos programas de intercâmbio aprovados pelo Escritório de Assuntos Educacionais e Culturais (ECA). Alguns dos programas incluídos são o Summer Work Travel e o Au Pair.
Cada categoria de visto possui seus próprios requisitos e taxas de processamento. Mas é muito comum que o processo seja financiado pelo empregador americano. Consulte o site da embaixada dos Estados Unidos na sua região, ou o site do governo americano, para saber as informações detalhadas do visto que se aplica ao seu caso.
O Green Card é uma visto de residência permanente. Se encaixa na categoria de vistos de imigrantes. Após alguns anos vivendo nos EUA a trabalho, desde que você preencha alguns requisitos, você pode pedir uma mudança de status para se tornar um residente permanente.
No entanto, é bom conhecer as outras maneiras de como conseguir o Green Card, pois algumas podem lhe interessar mais ou menos, consoante o seu caso: para dar alguns exemplos, você pode conseguir o Green Card através de patrocínio de um empregador, ou em caso de casamento.
Não é permitido trabalhar com visto de turismo nos Estados Unidos. Se você for descoberto trabalhando ilegalmente, vai ser deportado imediatamente e não poderá entrar no país por vários anos.
Empregadores também evitam contratar pessoas sem autorização de trabalho, pois a multa aplicada é de milhares de dólares.
No entanto, caso você receba uma proposta de trabalho enquanto estiver de visita no país, pode mudar do visto de turista para visto de trabalho nos EUA junto ao USCIS. O nome dessa alteração é change of status².
Sim, mas parcialmente. Universitários sob o visto F-1 podem exercer alguns tipos de atividades remuneradas em tempo parcial, mas somente depois do primeiro ano acadêmico³. Existem 2 categorias dessas atividades:
Os estudantes que possuem os visto M-1 (cursos de língua e vocacionais) têm ainda mais restrições⁴. Podem conseguir trabalhos do tipo off campus, mas somente depois que o programa do curso tiver acabado.
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Quem tem um nível intermediário de inglês pode ter muitas oportunidades de arrumar emprego nos EUA, principalmente nas áreas que mais contratam. Claro que quanto mais qualificado você for e mais experiência profissional tiver, maiores vão ser as suas chances de conseguir um cargo mais alto. Uma dica para ser notado por recrutadores americanos é adaptar o seu currículo para os moldes de lá.
Dez profissões com alta demanda nos EUA:
De acordo com a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA (BLS), as profissões que mais contratam atualmente são:
Nas áreas onde há oferta de trabalho mas poucos profissionais que possam preencher as vagas, é mais fácil para um estrangeiro conseguir emprego. Porém, há uma área que é exceção: a médica. O processo para ser médico nos EUA é mais difícil e demorado, pois é preciso ser aprovado em um concurso para exercer a profissão.
Tanto startups quanto grandes corporações de tecnologia, como Google, Microsoft e Apple, costumam contratar falantes de português com frequência para integrar equipes de trabalho. Programadores, engenheiros de software, gerentes de relações públicas e comunicadores são alguns exemplos de cargos para brasileiros nessas empresas.
Experiência de trabalho na Disney:
A Disney é uma empresa americana que contrata brasileiros. Ela possui um programa anual chamado Cultural Exchange Program. Destinado a alunos de graduação e recém-formados, oferece diversas vagas temporárias de trabalho nos parques e hotéis da corporação.
Estudar e trabalhar nos EUA é permitido. Porém, não é possível estudar inglês nos EUA e trabalhar. Você pode realizar o sonho de viver o american way of life através da iniciativa BridgeUSA. Trata-se de um conjunto de intercâmbios culturais (até 6 meses) que são financiados pelos empregadores. A maioria é voltada para jovens e ainda há a exigência de retorno ao país de origem no fim da atividade. Veja alguns deles:
O governo americano possui um site dedicado a esses programas temporários, que inserem-se na categoria J de visto.
Ambos são números de identificação fiscal (equivalente ao CPF no Brasil). A diferença entre eles é que o ITIN é destinado a estrangeiros com residência temporária nos EUA ou que não residam no país mas precisam declarar impostos lá (empresários de negócios americanos, por exemplo).
O número de identificação fiscal é necessário para poder trabalhar, abrir conta bancária, obter crédito e mais uma série de coisas nos Estados Unidos. Um visto de trabalho (ou estágio) não concede automaticamente um ITIN ou SSN. Você precisa tirar número que seu status permite em um posto do IRS (Receita Federal dos EUA).
O salário nos Estados Unidos é estipulado por hora, sendo US$ 7,25 o valor mínimo na maioria dos estados em 2020. Esse montante está previsto pela Lei Federal de Salário Mínimo. Porém, os estados norte-americanos têm autonomia legislativa, e alguns deles praticam outros valores.
Os estados de Wyoming e Georgia, por exemplo, têm os salários mínimos mais baixos: US$ 5,15. Já em Washington o mínimo que se ganha por hora são US$ 13,50 (uma diferença de mais de sete dólares)⁵. É importante referir que, assim como os salários, o custo de vida em cada estado também é diferente. E a média salarial dos estados é proporcional ao custo de vida em cada um deles.
Quer saber quanto ganha um pedreiro nos EUA? Ou um engenheiro, ou um garçom? Veja a média salarial de algumas profissões em 2020:
Profissão | Média de salário anual |
---|---|
Pedreiro | US$ 40 mil |
Engenheiro Civil | US$ 74 mil |
Arquiteto | US$ 65 mil |
Professor | US$ 50 mil |
Fisioterapeuta | US$ 77 mil |
Recepcionista | US$ 32 mil |
Veterinário | US$ 87 mil |
Garçom | US$ 29 mil |
Fonte: Payscale
A lei trabalhista prevê que a carga horária de trabalho nos EUA são 40 horas semanais, e determina que as horas feitas para além disso devem ser pagas no valor equivalente a 150% do que o colaborador recebe normalmente (de acordo com o cargo).
O cálculo da semana de trabalho é feito sobre o limite de sete dias corridos, podendo começar em qualquer dia que o empregado e o colaborador escolherem (de quarta a terça-feira, por exemplo). Então, se um profissional trabalhar 10 horas em um dia e não ultrapassar o limite de 40 horas naquela semana, ele não vai receber horas extras do empregador.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os Estados Unidos está entre os países com maior percentual de pessoas que trabalham 50 ou mais horas por semana. As razões, para além da cultura, estão relacionadas às leis trabalhistas do país.
Mesmo que cultura dos Estados Unidos valorize muito o trabalho, os americanos valorizam o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Baseando-se nesse equilíbrio, a empresa financeira SmartAsset fez uma pesquisa que revelou as melhores cidades dos EUA para trabalhar⁶. Os pontos levados em consideração foram:
Veja quais são as dez melhores cidades no ranking:
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Fontes:
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