Como estudar no estrangeiro: Guia completo

Joao Marcos

Estudar no estrangeiro é uma experiência única que pode ter um impacto muito positivo na entrada no mercado de trabalho, mas que exige muito planeamento e organização.

Neste guia, vai descobrir os programas mais interessantes, a documentação e burocracia necessárias e os destinos mais convenientes para portugueses que decidem estudar no estrangeiro.

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Estudar no estrangeiro: primeiros passos

Antes de iniciar a aventura de estudar fora de portas, assegure-se de que vai encontrar um estabelecimento de ensino e um país que sejam compatíveis com as suas pretensões.

É importante iniciar este processo cerca de um ano antes de começar os estudos, e ter em conta fatores como alojamento, língua ou possibilidade de trabalhar. Verifique neste guia os primeiros passos a tomar.

Escolher o curso pretendido

No momento de decidir ir estudar para outro país, é importante avaliar se o curso escolhido corresponde às suas pretensões pessoais. Estabeleça bem as suas prioridades, explore os recursos do estabelecimento de ensino e verifique se corresponde às suas expectativas.

Caso pretenda apenas passar parte do seu curso (um ano ou um semestre) noutro país, informe-se bem das equivalências garantidas pela universidade ou instituto que o vai receber.

Algumas das experiências mais comuns para estudantes no estrangeiro são:

  • Licenciaturas
  • Mestrados e pós-graduações
  • Doutoramentos e pós-doutoramentos
  • Cursos de Línguas
  • Intercâmbios: com a duração de um ano ou um semestre
  • Formações de curta duração

Escolher o país de destino

Depois de decidir que o curso que gostaria de fazer e qual a sua duração, é altura de decidir o seu destino.

Se está a pensar estudar na União Europeia, o caminho estará bastante facilitado. Pode circular livremente, para estudar ou trabalhar, sem grande burocracia. Ainda assim, a língua e o custo de vida devem pesar na sua decisão.

Alguns países apresentam programas universitários a custos bastante reduzidos ou gratuitos e são destinos apetecíveis para jovens portugueses à procura de uma experiência universitária fora de portas.

Se, por outro lado, está a pensar ir para fora da UE, saiba que existem mais passos a tomar. Informe-se sempre das equivalências do seu curso, se existem aulas lecionadas numa língua que compreende e quais os vistos necessários para entrar no país.

Nos últimos anos, cada vez mais portugueses escolhem destinos como a Austrália para estudar, pelos incentivos atribuídos pelo país a jovens em formação.

Leia também: Como comprar um imóvel em Portugal sendo estrangeiro?

Documentação necessária

A documentação necessária para estudar no estrangeiro varia de acordo com o país escolhido e por isso é importante que se informe junto da embaixada ou consulado sobre o processo a seguir.

Para estudar num país da União Europeia, apenas terá de possuir um cartão de cidadão válido.

Se pretender estudar fora da UE, por outro lado, vai precisar de:

  • Passaporte válido
  • Comprovativo morada/estadia no país destino
  • Carta de admissão do estabelecimento de ensino
  • Visto específico para estudantes
  • Seguro (em alguns casos)

Para estudar e trabalhar ao mesmo tempo, terá de ter um visto de trabalho, ou de trabalhador-estudante, em grande parte dos países. Informe-se sempre da facilidade de atribuição desses vistos e qual o período de espera dos mesmos.

Nos últimos anos, alguns dos países tipicamente escolhidos pelos portugueses (como o Reino Unido e os EUA) têm dificultado a atribuição de vistos de trabalho, ao contrário do que acontece nos vistos para estudantes.

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Programas e países mais populares para portugueses a estudar no estrangeiro

Os estudantes portugueses tendem a preferir destinos europeus para estudar e isso é justificado, em grande parte, pela facilidade na admissão e no processo de mudança do país.
Países como Espanha, França, Itália, Polónia, República Checa, Países Baixos, Reino Unido ou Alemanha continuam a ocupar os primeiros lugares entre os países favoritos para estudar fora de Portugal, em regime de intercâmbio.¹'²

Isto deve-se ao programa Erasmus e aos protocolos estabelecidos pelas universidades portuguesas um pouco por toda a Europa.

Eis alguns programas populares em Portugal:

Erasmus +: para estudantes universitários que desejem passar parte da sua formação num país europeu. O programa é muito popular entre estudantes do ensino superior, mas também abrange outros tipos de formação.

Programa AFS: para estudantes do ensino secundário que desejem passar parte da sua formação num país estrangeiro.

Study Australia: programa governamental australiano que promove a entrada de estudantes estrangeiros no país, através de bolsas e facilidade na concessão de vistos.

Leia também: Golden Visa Portugal: o que é e como funciona

Qual o custo de estudar no estrangeiro?

Os custos podem variar muito entre diferentes países, e às vezes mesmo dentro de um mesmo país, conforme a cidade e a universidade.Antes de se inscrever num curso, informe-se sempre sobre o custo de vida no seu destino e sobre os programas e bolsas de estudo para os quais seja elegível.

Tenha em atenção que um curso aparentemente mais barato pode acarretar investimentos muito superiores, caso a universidade escolhida não tenha em vigor programas de incentivo a estudantes estrangeiros e o custo de vida local for muito alto.

É possível estudar no estrangeiro gratuitamente?

Existem alguns países europeus onde a universidade é gratuita em determinadas circunstâncias ou exige apenas o pagamento de taxas simbólicas.

Consulte a lista abaixo para descobrir alguns países com licenciaturas sem custos:

  • Dinamarca
  • Áustria
  • Finlândia
  • Suécia
  • Noruega
  • Turquia
  • Républica Checa
  • Malta
  • Alemanha
  • Polónia
  • Montenegro
  • Escócia
  • Chipre
  • Grécia

Existem outros países com propinas muito apelativas, como Espanha, Croácia, Hungria ou França.³

Fora da Europa, países como o Uruguai e o Irão oferecem os estudos a todos os que consigam matricular-se na universidade.

Confirme sempre se o seu curso está abrangido por estas políticas e se os valores se aplicam aos níveis mais avançados de formação, como mestrados ou doutoramentos.

Bolsas para estudar no estrangeiro

Se pretende estudar fora de Portugal e precisa de apoio financeiro, pode sempre recorrer a uma bolsa de estudos.

Boa parte das universidades portuguesas fornecem informação e podem auxiliar no processo de candidatura a uma bolsa de estudos.

No caso de procurar um intercâmbio, comece sempre por se informar junto do seu estabelecimento de ensino sobre as condições para iniciar a sua aventura fora de portas. A Direção Geral de Ensino Superior tem verbas reservadas a estudantes portugueses que queiram estudar no estrangeiro.

Algumas das bolsas mais requisitadas e vantajosas são:

  • Erasmus
  • Bolsas de Estudo Chevening do Reino Unido
  • DAAD Alemanha
  • Study Australia
  • Bolsa Fundação Lemann

Opções de alojamento

O alojamento representa muitas vezes o maior custo de estudar no estrangeiro.

Assim, confirme sempre a diferença de custos entre estas três opções:
Residência Universitária: para estudantes universitários
Alugar casa: pode ser mais caro ou mais barato que em Portugal
Programas de acolhimento: atribuídos tipicamente a famílias que recebem um estudante em sua casa

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Estudar no estrangeiro pode ser uma experiência enriquecedora e uma excelente oportunidade para marcar a diferença no mercado de trabalho. No entanto, é sempre importante confirmar que escolhe as melhores opções para economizar.

Com a Wise, pode enviar e receber dinheiro fora de Portugal de forma simples, rápida e barata. A conta multimoeda permite-lhe guardar e converter mais de 50 moedas, sem custos de abertura ou manutenção. No caso de querer trabalhar fora, esta conta também lhe permite receber como um local, através do acesso a diferentes dados bancários ao redor do mundo.

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Fontes:

  1. Volta ao Mundo: As cidades preferidas do portugueses para fazer Erasmus
  2. Sapo Viagens: As cidades preferidas dos estudantes portugueses para fazer Erasmus
  3. P3: Quanto custam as propinas no resto da Europa?

Fontes verificadas pela última vez em 24 de novembro de 2021.


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